Alterações estranhas que acontecem na vida. Modificações de padrões, troca de traçados, configurações da mente que se desmancham no decorrer dos dias passados. Idéias concretas que com a mais fatal das bombas, o tempo, desmoronam como prédios na implosão.
Os extremos como a própria definição os explica, são ápices do equilíbrio.
Desde sempre, desde o momento em que temos o sentido de pensar disposto a funcionar em nossas cabeças, começamos a questionar, interpretar e idealizar situações e acontecimentos a nossa volta. Factual. Idéias são formuladas, teorias traçadas e essas coalizões de pensamentos formam o caráter de cada um baseado nas suas visões e construção das mesmas.
As pessoas a nossa volta desde o início vão ajudando e guiando essa formulação, e nesse caminho começamos a acreditar e a defender certas coisas. Começamos todos nós a criar nossos certos e errados. E junto com as defesas criamos também, dependendo agora sim do caráter, o ataque.
Nessa mesma linha, a defesa também por si só tem às vezes formatos de ataque. Ofensivas, com ar de superioridade, deteriorantes, intimidadoras e até muitas vezes extremamente rotuladoras.
A evolução fez com que a nossa mente tivesse a capacidade de solucionar problemas. Receber, analisar, processar e concluir situações para determinada funcionalidade. Como: Faísca mais Madeira seca é igual a fogo. E logo após: Fogo igual a calor. E finalmente: Fogo mais Calor é igual à pessoa sem frio.
A falta de problemas simples como esses e hoje o acúmulo de idéias fez nascer um novo tipo de problemas para solucionar. O problema das idéias. Criando as odiosas ideologias.
Falo odioso, pois toda ideologia leva a um vício de defesa da mesma, criando um catalisador para o desabrochar de caráteres predispostos a usar da violência como meio de comunicação.
Essas ideologias criam idéias monolíticas e com pareceres inicialmente e de modo magnífico: Irrefutáveis. Criam viseiras, fazem com que nós dexemos de ver outras significâncias pelo ceguismo que nos impõem. Diminuem nossa capacidade de analise, minimizam nossa criatividade, aumentam nosso foco a apenas uma coisa, e o “resto” vira apenas a definição da palavra. Apenas resto. Como pérolas no interior de uma ostra a ideologia que nos descrever faz com que nós desprezemos a evolução.
Nós nos fechamos a uma única idéia, nos vinculamos emocionalmente a ela e sem notar a mesma deixa de ser uma idéia, vira um sentimento e destrói nossa capacidade de crescer e interpretar. E assim, a beleza de todo intervalo é deixada pra traz pela ilusão de um dos seus ápices, um dos seus extremos.
A mudança de idéia não é um a prova de um erro individual. E sim a soma de uma nova informação ou variável a um problema que parecia estar resolvido. E quanto mais abertos estamos, mais informações coletamos, e mais próximos de algo parecido com o certo chegamos.
Não existe algo totalmente correto em relação a idéias sobre a vida. Não há certeza. Os extremos são apenas sentimentos em forma de pronome como se fossem pessoas com medo do erro. O extremo é uma segurança a algo impossível. O extremo é uma certeza de algo que não existe, é o medo da dúvida, é a facilidade do imóvel e finalmente. O extremo é o sedentarismo da mente.
As respostas não estão nos extremos, os extremos são os primeiros passos para começar a procurar o caminho da resposta. Nunca deve ter medo do erro e do desconhecido. São eles que fazem-nos acertar e conhecer.
Ninguém vive uma idéia, todos vivem uma vida. E só uma vez.
Interessante o texto.
ResponderExcluirHá pessoas que não sabem trocar suas concepções, formam ideias e morrem abraçadas nelas. Pessoas inteligentes não têm vergonha, nem orgulho para repensar as atitudes. Para viver com essência, afinal, é preciso evoluir.