domingo, 12 de junho de 2011

Alternativa ao Alternativo

Röyksopp - Junior

Para dar uma modificada no apelo do blog, vou todo o fim de semana por alguma banda em tópico que eu ache que é pouco falada e ao mesmo tempo muito boa. Já tinha feito isso umas duas vezes, mas agora vou religiosamente, em fé cega atualizar durante o fim de semana e no meio da semana. Nos “findes” sempre com alguma Banda e com um álbum em especial.

Não faz muito tempo, uns dois três meses eu acho, fui apresentado a uma banda ou dupla de música eletrônica por uma colega de trabalho. (Valeu Ju.)

Não gostei muito de definir como música eletrônica até porque eu acho que não da pra se fazer isso. Não que não seja eletrônica, é, mas não com um estilo focado como normalmente se usa pra duplas desse gênero, como Gabriel & Dresden, e na banda Above & Beyond que se guardam quase que exclusivamente pro House e Trance.

Röyksopp é uma banda norueguesa classificada como “Trip-hop”. É,.. isso a princípio não ajuda muito, até porque Trip-hop é muita coisa. Digamos que mescle “House”, Eletro Rock, Rock Psicodélico e o tal do Power Pop. Não consegui achar algo que eu pudesse comparar até porque tem músicas inclassificáveis, mas certas musicas me lembram o estilo do Mika, outras até do MGMT, além de músicas que só me remetem a eles mesmos, que é o caso de “Röyksopp Forever”.

Vou por três músicas que mais ou menos demonstram a versatilidade dessa banda que me viciou desde a primeira vez que eu escutei.


As músicas dos vídeos são dos albúns "Junior" e " The Understanding".
O link para baixar o albúm "Junior" - http://www.4shared.com/file/94213602/32648786/RyksoppJunior.html

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Eu" mais "Eu"

Encurralados nos mesmos becos, das mesmas fugas. Revivenciando os mesmos medos, nos mesmos lugares das mesmas avenidas em diferentes cidades. A mesma esquina, a mesma calçada, as mesmas pedras irregulares em outra quadra. As mesmas falácias e dúvidas em outros discursos.

A vida baseada em resolver em loop os mesmos problemas em tempos diferentes, cada vez por vez, cada momento em um momento. Únicos e infinitamente repetidos casos.

A auto-correção é tão possível quanto viajar para a lua sem foguete. Não que não se possa fazer isso. Se pode, e se deve. A auto-correção ajuda, melhora, aperfeiçoa e molda o indivíduo, mas ela como o próprio termo explica, é auto-corretiva. Sendo unicamente para a 1ª pessoa.

As possibilidades das mesmas soluções para os mesmos problemas entre pessoas diferentes podem parecer fáceis, mas não são. O modo de pensar, agir, reagir, se equivocar, aceitar o equívoco e aprender com os mesmos variam, de pessoa para pessoa, como absolutamente tudo que requer um pensamento.

Lidar com vários momentos e pessoas diferentes nos obrigam a interagir com a auto-correção alheia. A confiança e as certezas de outras pessoas fazem com que nossas mentes trabalhem para provar que a nossa própria auto-correção está certa, e vezes por outra, a mente não quer admitir que possa estar errada.

Todos erram, todos acertam, todos erram acertando ou acertam errando. Os motivos e razões por traz da nossa exigência pelo autoconhecimento cravam uma pedra atrás de nós vezes por outra não deixando que recuemos em algo que a mente já considera enterrado, a mente não quer pensar de novo em algo que ela já descartou como problema. Estamos condenados a enterrar e desenterrar problemas já superados pelo simples fato que convivemos, e convivendo, interagimos, com isso somos obrigados a cruzar nossa auto-correção com a mesma de outra pessoa. E isso é complicado.

Não existem muitos meios de resolver esse tipo de problema sem um completo conhecimento sobre a outra pessoa, ou outras pessoas (o que complicaria ainda mais a situação) do que as mesmas deixarem-se expor para um autoconhecimento, digamos, coletivo, ou duplo.

A sinceridade e mesmo a sinceridade calculada são tabus para a interação das pessoas, e quando acontecem, normalmente soam como uma coisa ruim, e às vezes, poucas, são mesmo.

O raciocínio para a auto-correção em 1ª pessoa do plural “Nós” deve ser pensado como na auto-correção da 1ª pessoa do singular “Eu”. A auto-correção funciona como o Id+Ego+Super-ego=Eu, e no caso da interação do “Eu” seria como Eu+Eu=Nós. Apenas para revelarmos o “Eu” temos que identificar e revelar as variáveis dentro das constantes da nossa pessoa, o que já gera uma dificuldade deveras incomum. E mesmo quando nos descobrimos, nem sempre é fácil aplicar a resposta na vida. Com duas pessoas então é impossível pensar que pode ser mais fácil.

O primeiro ato para resolver essa questão é a vontade. A vontade de não ser “um”, a vontade de não ser “dois” ou simplesmente a vontade de “sermos”. Querer ver não com os próprios olhos, enxergar pela visão do outro “Eu”, sentir e entender os porquês de como nasceram as outras respostas dos outros “Eu’s”. Assim começa a nascer um “Nós”.

Se entendam, se ajudem e se somem. Se resolvam e apliquem a resposta. Aceitem, errem, acertem, continuem, acabem... Conjuguem corretamente, até porque “Nós” não “acerta”.

Para chegar onde queremos e desejamos somos obrigados a dobrar a mesma esquina, independente de qual. São as mesmas motivações em caminhos diferentes para alcançarmos o mesmo fim.